Curitiba e Região Convention & Visitors Bureau- CCVB

Turismo de Curitiba passa por revolução e cidade espera uma invasão de turistas em 2025

Em 2024, 1,8 milhão de turistas visitaram a Capital. Já para este ano, expectativa é que município receba cerca de 3 milhões de visitantes

Curitiba vive dias agitados. Só nesta semana, eventos como o Festival de Teatro, o Smart City Expo, o show de Olívia Rodrigo e o Expo Turismo Paraná movimentam a cidade, ao ponto da rede hoteleira registrar praticamente 100% de ocupação, conforme o Sindicato Empresarial de Hospedagem e Alimentação (SEHA). Uma semana que é sintomática da transformação e evolução que o turismo curitibano vem sofrendo ao longo dos últimos anos. E uma revolução que promete se aprofundar ainda mais em 2025.

Segundo informações do Instituto Municipal de Turismo (IMT), ano a ano o número de turistas que visitam a capital paranaense cresce cerca de 10%. No ano passado, no entanto, esse crescimento já foi mais expressivo, na ordem de 15%, principalmente por conta do Natal. “Dezembro foi o ápice de turistas, nós conseguimos quase 400 mil visitantes em Curitiba em um mês”, comenta José Luiz Velloso, presidente do IMT.

O melhor, no entanto, ainda está por vir. É que em 2024 a cidade recebeu cerca de 1,8 milhão de turistas, sendo eles, principalmente, pessoas que vem de outros estados (como São Paulo, localidade que mais traz visitantes à Capital). Já para este ano, a expectativa é que esse número sofra um incremento expressivo, quase exponencial.

“A expectativa é que a gente consiga chegar próximo dos três milhões [de turistas visitando a cidade ao longo do ano], por conta do calendário. O calendário de eventos antes era um e agora está três, quatro vezes maior. Não está totalmente fechado ainda o calendário, mas a gente juntou todas as entidades, todas as secretarias num só calendário. Hoje o turismo trabalha de mãos dadas com a Fundação Cultural e outras secretarias, está tudo integrado”, celebra ainda Velloso.

Curitiba para além do turismo de negócios

De acordo com Gislaine Queiroz, presidente do Curitiba e Região Convention & Visitors Bureau (CCVB), já há algum tempo a Capital é um dos principais destinos de turismo de negócios e eventos do Brasil. Não à toa, é justamente esse segmento turístico que acaba sendo o carro-chefe do setor na cidade. Só que já há algum tempo o município, em parceria com o setor privado, vem trabalhando para transformar um pouco esse cenário, numa empreitada que até aqui vem se mostrando bem sucedida.

“Estamos trabalhando muito o conceito de bleisure. Ou seja, através do business você leva [o turista] para o lazer, juntando as duas coisas”, comenta a presidente do CCVB. “Quando as pessoas vem para Curitiba e começam a conhecer tudo que a gente tem – os parques, a gastronomia, a cultura, a segurança e a mobilidade -, isso atrai a pessoa para voltar e fazer lazer. Então ela vem para fazer negócio, aproveita a cidade na própria viagem e depois retorna já focada no lazer.”

Isso significa, então, que o turismo de negócios acabou abrindo a porta para o turismo de lazer, o que já vem rendendo ótimo frutos para o mercado turístico. Em 2023, por exemplo, os turistas que visitavam Curitiba ficavam em média três dias na cidade. No ano passado, a estadia já ficou entre quatro e cinco dias, aumentando em cerca de um dia e meio.

“Antigamente, no pré-pandemia, os hotéis ficavam lotados em dia de semana e no final de semana caía a ocupação hoteleira. Hoje, já não é mais assim. A gente também tem no final de semana uma boa ocupação hoteleira e, no ano passado, a média anual de ocupação hoteleira ficou em 70%, o que é um resultado excelente”, exalta Queiroz.

“Cereja do bolo”, Natal 2025 será mais longo e mais “recheado”

Em 2024, as celebrações natalinas marcaram o ápice do turismo na cidade. Se Curitiba recebeu 1,8 milhão de turistas ao longo de todo o ano, só em dezembro (e por conta das atrações de Natal) foram 400 mil visitantes. E para este ano, a expectativa é de um Natal mais longo e mais “recheado” do que foi os anteriores, inclusive atendendo uma demanda do setor.

“Pedimos para o Natal ir além, não terminar lá pelo dia 20 [de dezembro], mas sim seguir até depois do Natal. Porque se tivermos mais ações, a gente vai conseguir aumentar a ocupação hoteleira. Em 2024, até o dia 20 de dezembro nós estávamos com alta ocupação hoteleira por causa do mercado corporativo. A hora que acabou esse corporativo, que podia se trabalhar forte no lazer, a gente já não tinha mais nada de Natal”, comenta Gislaine Queiroz.

Por isso, o presidente do IMT aponta que o município já trabalha para ter um calendário muito mais cheio. “A gente vai fazer o Natal começar em novembro e ir até 27, 28 de dezembro. Então a gente vai fazer com que seja alongado por conta de que sempre os hotéis trabalhavam até o dia 20, que é o dia que terminam os trabalhos dos bleisures do corporativo”, afirma Velloso.

Uma grande surpresa, inclusive, está sendo preparada para os curitibanos e aqueles que forem visitar Curitiba, diz ainda ele. “Estamos trabalhando com atrativos e spoilers que eu não posso passar ainda, mas vai chocar todo mundo porque vai ser algo único na América do Sul. Vai ser no Natal, algo que é sonho de consumo de toda criança. Você já foi criança, eu já fui criança, e vai querer ir para curtir, porque é a realização de um sonho”, assegura o presidente do IMT.

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